A nova cultivar de sorgo granífero e seus benefícios

Cícero Beserra de Menezes, mestre em genética, doutor em agronomia e um dos pesquisadores da Embrapa Milho e Sorgo, foi o responsável pelo desenvolvimento de uma nova cultivar de sorgo granífero. Ele explica que essa cultivar é mais resistente à seca e tem produtividade maior que a média brasileira.

O sorgo granífero é originário da África e lá ele é bastante utilizado na alimentação humana, diferente do cenário brasileiro, onde ele é mais utilizado na alimentação animal. “O sorgo é, na verdade, um cereal parecido com o milho em termos de planta, mas diferente em várias outras características” afirma o pesquisador Cícero.

Cícero explica que o sorgo é uma cultura esplêndida, que precisa de mais divulgação dos seus benefícios. Atualmente ele trabalha com o sorgo granífero, que é o tipo do híbrido do qual estamos falando (BRS 3318), mas o sorgo é uma cultura muito diversa. Também tem um tipo de sorgo forrageiro, que serve para a silagem porque é uma planta mais alta do que o granífero. No Brasil, temos um tipo de sorgo para a bioenergia, geração de etanol ou de biomassa para energia de segura geração. O quarto tipo é o sorgo vassoura, que é utilizado em algumas comunidades, principalmente Paraná e Tocantins, para fazer vassoura.

A utilização dessa cultivar no Brasil pode ser útil para produtores que buscam uma alternativa mais resistente à seca, ele pode substituir a utilização do milho na safrinha, o pesquisador ainda afirma que o sorgo é muito mais tolerante do que outros cereais. Se comparar o sorgo com o milho, enquanto ele perde em produtividade nas épocas de verão, ele ganha em vantagens quando começa a época de estiagem.

O sorgo tem uma produtividade bem maior quando comparada com a média nacional, enquanto a média é de três toneladas por hectare, nos ensaios do sorgo, obteve mais de quatro toneladas, relata o pesquisador que houve ensaios nos quais o rendimento foi de até sete toneladas por hectare. A Embrapa divulgou no mês de janeiro um artigo recomendando a utilização dessa cultivar nas regiões Centro-Oeste e Sudeste.

Por fim, conforme reforça Cícero, não é adequado que o produtor saia plantando, é necessário realizar testes e ir usando aos poucos, visto que é aconselhável que todo ano o produtor teste um ou dois novos híbridos, ele ressalta também que não é apenas a genética que é fundamental para produtividade, é importante levar em consideração as condições de manejo de plantas daninhas, adubação entre outros cuidados com o cultivo.

Fontes:

Portal Embrapa

comprerural.com

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