Dia Nacional da Conservação do Solo lembra a importância da correta utilização da terra

Ontem, dia 15 de abril, foi comemorado o dia nacional de conservação do solo, data

instituída no Brasil em 1989 para debater sobre a importância do solo como uma das

condições básicas para a produção agropecuária rentável e sustentável. Segundo

relatório realizado pela Organização das Nações Unidas para a Alimentação e a

Agricultura (FAO) em conjunto com a Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária

(Embrapa), 33% dos solos do mundo, atualmente, se encontram em estado de

degradação.

O pesquisador Leandro do Prado Wildner, do Centro de Pesquisa para Agricultura

Familiar (Epagri/Cepaf), reforça que o solo, além de um recurso de produção alimentícia,

é também o grande responsável pela manutenção da vida na terra. Levando em

consideração a importância da correta utilização do solo, foram desenvolvidas técnicas

para garantir a conservação desse recurso natural.

O sistema de plantio direto (SPD) é uma prática revolucionária da agricultura

brasileira que consiste em técnicas de manejo de solo capazes de aumentar a

produtividade e conservar/melhorar o ambiente de cultivo. Segundo Paulo

Roberto Arbex Silva, professor de Mecanização Agrícola, por meio do SPD, é possível

manter as características físicas, químicas e biológicas do solo, garantindo, assim, a sua

sustentabilidade.

Uma das bases do plantio direto é evitar remexer o solo. A indicação de agrônomos e

pesquisadores é de que haja revolvimento do solo apenas na fase da semeadura, pois o

clima do Brasil dispensa a necessidade de produzir calor para o plantio da semente. Ao

mesmo tempo, é importante ter o solo coberto por palhadas, ou seja, matéria orgânica

formada pelos restos da planta colhida. Para isso, dedicar-se ao cultivo de plantas de

cobertura, também conhecidas como adubos verdes, é uma forma de minimizar ou

eliminar a chance de ocorrência de erosão.

Investir no sistema de rotação de culturas também é fundamental para o plantio direto. A

prática consiste no rodízio planejado de espécies vegetais em uma mesma área de

cultivo. Dessa forma, há um período mínimo sem o cultivo da mesma espécie, o que

refreia os impactos ambientais causados pela monocultura, melhora as condições do solo

e reduz a incidência de pragas e ervas daninhas na plantação.

Por fim, o terraceamento é outra técnica agrícola importante para evitar os avanços dos

processos erosivos ocasionados por fatores climáticos. A prática fundamenta-se na

divisão do terreno em rampas inclinas que minimizam os impactos da chuva ao reduzir a

velocidade da água. O terraceamento também ajuda a economizar o adubo, uma vez que

evita que a água escoe pela lavoura e carregue adubo e matéria orgânica.

 

Fontes:

Boas Práticas Agronômicas

São Joaquim Online

Notícias Agrícolas

 

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