Segundo a REDE ILPF, houve um salto de 11,5 milhões de hectares para 17 milhões da área total com utilização de sistema integrado de produção no cenário brasileiro, esse avanço vem sendo assistido pelo setor de pesquisa agropecuária com bastante afinco. No dia 08/07/21, Gustavo Braga, zootecnista e doutor em ciência animal e pastagens, em reportagem exibida no Giro do Boi, confirmou que a Embrapa já está trabalhando para lançar a BRS Integra, uma cultivar de Brachiaria ruziziensis, selecionada para o consórcio com milho.
Segundo Gustavo, a ideia do ensaio no campo experimental da Embrapa Cerrados em Planaltina-DF, que tem área aproximada de 8 hectares, é fazer um estudo do desempenho animal. Depois da colheita do milho e da formação de pastagem, será divido a área em piquetes e nessas áreas separadas já estão sendo realizados os testes com a BRS Integra, que já está com seu lançamento próximo.
A ideia do consórcio é justamente otimizar a utilização da área, ainda segundo relatos do Gustavo, o teste com a cultivar de espécie Brachiaria ruziziensis é uma exigência do Ministério da Agricultura, uma norma antes de lançar o material para determinado bioma, que no nosso caso é o Cerrado. “A gente tem que conduzir esse ensaio, apresentar ao Mapa e só depois de chancelado pelo Ministério da Agricultura, quando a gente vai entender os benefícios da planta em relação à testemunha, que é a cultivar mais antiga, é que a gente lança a cultivar para o bioma Cerrado. E, se possível, a gente pode desfrutar das características, das vantagens desse material” afirmou.
Existem alguns benefícios que foram mencionados pelo zootecnista para o produtor: “Para o agricultor, a grande vantagem é ter junto com o seu cultivo de milho uma planta de cobertura, em que a Brachiaria ruziziensis é uma das mais indicadas. Ela é uma planta de cobertura que vai servir ao propósito de fazer o plantio direto para a próxima safra. Todos conhecem os benefícios do plantio direto, desde o controle de plantas daninhas, melhor infiltração da água no solo, a própria braquiária ajudando na recuperação. A gente sabe que essas características atendem ao pecuarista, mas também atendem ao agricultor na formação de um consórcio visando o plantio direto para o seu sistema de produção”
Fonte: Giro do Boi