O setor de sementes forrageiras tropicais no Brasil

O setor de sementes forrageiras no Brasil é de suma importância para a produção agropecuária brasileira, uma vez que, além de abastecer o mercado interno, é o maior exportador de forrageiras tropicais no mundo. O desempenho positivo, entretanto, se deve à Associação para o Fomento à Pesquisa de Melhoramento de Forrageiras Tropicais (UNIPASTO) criado em 2002 em parceria com a Embrapa para trabalhar a favor do desenvolvimento de forrageiras. Certamente, é um setor de extrema importância para o agronegócio já que envolve o sistema integrado de produção nas culturas de milho e soja.

Com a chegada da UNIPASTO, houve a oportunidade de desenvolver novas sementes. Até então, o Brasil concentrava suas atividades em apenas duas cultivares Brachiaria Decumbens e Brachiaria Brizantha (Marandu) , escolha arriscada, uma vez que, em sua maioria, são materiais clones e, por isso, apresentam pouca variedade. Com o investimento em pesquisas para o melhoramento das sementes, foi possível criar sementes melhoradas e próprias para o ambiente em que forem cultivadas possibilitando cada vez mais a entrada de variedades no mercado.

A adoção do sistema de Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), projeto que integra diferentes sistemas produtivos, agrícolas, pecuários e florestais dentro de uma mesma área, é um passo importante para atingir mais produtividade e rentabilidade. Marcos Roveri, diretor executivo da UNIPASTO, alega que além dos projetos de integração, é importante ter em vista a aptidão agrícola das sementes, ou seja, observar em qual ambiente cada cultivare se adapta melhor.

Por fim, investir em certificações para ter o controle da qualidade e autenticidade das sementes é mais uma forma de aumentar a produtividade. A etiqueta Semente Legal, por exemplo, é uma solução desenvolvida pela Ceptis Agro com a ajuda da VEQ (Verificação Externa de Qualidade) para assegurar a rastreabilidade segura individual de toda a cadeia produtiva, assim como a garantia de procedência e qualidade do produto.

De acordo com Marcos Roveri, o futuro da UNIPASTO é contribuir com o trabalho da Embrapa e focar mais em programas de melhoramento, atender nichos de mercado, fazer com que a certificação se torne mais eficaz e reconhecida nacional e internacionalmente. Apesar de ser um trabalho difícil e que necessita de muita capacitação, o Brasil conta com empresas extremamente competentes no setor de forrageiras que merecem todo o apoio de pesquisadores, afinal, o capim é essencial não só para aumentar as exportações de carne como também para diminuir os custos de produção interna.

 

Fontes:

– Seed News

Embrapa

– Agrolink

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