Pesquisas Embrapa: Redução de Metano e Aumento de Produção

Buscar alternativas para aumentar a produção e cuidar do pasto são medidas que impactam positivamente não só a sua fazenda, mas todo o meio ambiente. Ignorar as tecnologias disponíveis a partir de pesquisas sérias é ficar para trás em tecnologia e inovação, perdendo os benefícios que um bom planejamento pode oferecer.

Em 13 de setembro, o Embrapa divulgou informações sobre uma pesquisa realizada durante 16 meses com 27 animais, na Fazenda Canchim, sede de pesquisa da Embrapa Pecuária Sudeste. A pesquisa foi feita a partir de uma parceria entre a Embrapa Pecuária Sudeste, a Faculdade de Medicina Veterinária e Zootecnia da Universidade de São Paulo (FMVZ/USP) e o Centro de Energia Nuclear na Agricultura da Universidade de São Paulo (Cena/USP), de Piracicaba (SP).

Os resultados mostraram que o uso da variedade de feijão guandu BRS Mandarim, em consórcio com os capins Marandu e Basilisk, aumenta o ganho de peso dos bovinos e emite menos metano por quilo obtido. A emissão diária do gás por quilo de ganho de peso foi de 614,05 gramas no pasto consorciado, cerca de 70% a menos do que no degradado, com 2.022,67 gramas. O uso da leguminosa no consórcio impactou também a produtividade. Os animais ganharam 58% a mais de peso em comparação ao pasto degradado, em um ano.

Além disso, a Empresa reforça, a partir de fala da pesquisadora Patrícia Perondi Anchão Oliveira, como a pastagem degradada leva à perda de produtividade acentuada da pastagem, resulta em grandes áreas de solos expostos, plantas daninhas, erosões, sintomas evidentes de deficiência nutricional nas plantas e nos animais e ainda, no menor ritmo de crescimento das plantas.

Segundo a pesquisadora:

Nessas condições o solo encontra-se exaurido, comprometendo a produção e qualidade da forragem e o desempenho dos animais, fatos que aumentam a emissão de metano entérico, além de ocorrer o processo de perda de matéria orgânica do solo, que prejudica o sequestro de carbono”

Sendo assim, a recuperação da pastagem a partir da inserção de leguminosas é uma solução viável, que garante mais nutrientes para a alimentação animal, ao mesmo tempo que melhora a qualidade do solo. Para a pesquisadora: “Em tempos de escassez e preços elevados dos fertilizantes nitrogenados e dos suplementos minerais proteicos, além de preocupações com as emissões de metano entérico, esse tipo de tecnologia se reveste de mais relevância ainda”.

Em 2021, na 26ª Conferência do Clima da Organização das Nações Unidas (COP 26),o Brasil assinou um compromisso de reduzir em 30% as emissões de metano até 2030. O metano, produzido na decomposição da matéria orgânica, na digestão e a partir de incêndios, é um dos aceleradores do efeito estufa. Como o metano permanece por menos tempo na atmosfera, reduzir a emissão do gás apresenta resultados que serão sentidos a curto prazo com relação ao aumento da temperatura, ou seja, impacta de forma positiva e rápida a questão da aceleração do efeito estufa. A redução do metano ainda melhora a qualidade do ar, melhorando questões relacionadas à saúde pública e segurança alimentar.

Se você desejar ler a matéria completa da Embrapa, com informações detalhadas sobre a pesquisa e a emissão de metano, clique aqui.

Pesquisas Embrapa: Redução de Metano e Aumento de Produção
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