Projeto valida protocolo para avaliação de GEE nas fazendas

Também conhecidos como GEEs, os Gases de efeito estufa são o foco das pesquisas pelo mundo, com a busca de redução e da mitigação de seus efeitos no planeta. Esses gases são gases que absorvem uma parte dos raios do sol e os redistribuem em forma de radiação na atmosfera, aquecendo o planeta em um fenômeno chamado efeito estufa. Os principais gases do efeito estufa, presentes na atmosfera são CO2, CH4, N2O, O3, halocarbonos e vapor d’água.

A unidade localizada em Jaguariúna (SP) da Embrapa (Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária) Meio Ambiente, na semana passada, apresentou os resultados preliminares do projeto “Validação de protocolo MRV (avaliação, relato e verificação) das emissões de GEEs e da sustentabilidade sócio ambiental, bem-estar animal e governança”. Esse projeto tem como objetivo validar um protocolo para avaliação de GEE nas fazendas que adotam sistemas produtivos sustentáveis, fazendo uso de ferramentas desenvolvidas pela Embrapa e seus parceiros, com chances de serem utilizados em grande escala pela agropecuária brasileira.

Esse projeto também é uma iniciativa que une a Corteva Agriscience, Minerva Foods, WRI (World Resources Institute), Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro, Universidade Federal de Uberlândia, FGV-Agro (Fundação Getúlio Vargas) e De Lollo Agronegócios. Tendo o objetivo de calcular e contabilizar as ligações líquidas das variadas atividades agrícolas e pecuária das propriedades. Foram 33 fazendas, sendo 22 delas fornecedoras de gado para a Minerva Foods e 11 parceiras da Corteva Agriscience.

Este cálculo foi feito pelo GHG Protocol Agrícola, uma ferramenta para ter informações sobre a efetividade das ações de mitigação das mudanças climáticas, em níveis diversos de governança, sendo assim capaz de expressar a realidade produtiva nacional. Essa ferramenta foi atualizada pelo projeto, usando coeficientes de transporte mais recentes vindo de publicações científicas e do Inventário Nacional de GEE, assim como a customização dos cálculos dos vários sistemas produtivos das propriedades.

Foi apontado nos resultados iniciais do projeto, que a maioria das fazendas analisadas pegaram mais carbono que emitiram. Outra característica é que de todas as fazendas, que emitiram ou sequestraram, GEEs estão abaixo da média brasileira, que é de 15,24 toneladas de CO2 equivalente por mil cabeças de gado.

Este imenso potencial de mitigação na agropecuária nacional, precisa do estabelecimento de um sistema de monitoramento eficiente e alinhado aos critérios científicos estabelecidos internacionalmente, para atender as demandas dos consumidores sobre a sustentabilidade da produção agropecuária.

De acordo com Guilherme Foresti Caldeira, da Coterva Agrocience, o projeto “pecuária de baixo carbono” é uma iniciativa impulsionada pela grande demanda nos próximos anos, não só por quantidade, mas principalmente por qualidade. “O projeto é uma semente plantada, onde já começamos a perceber o sucesso, face aos resultados preliminares da implementação do protocolo.” (Com Embrapa)

Fontes: MSN e Ecycle

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