Sistemas agrícolas mais sustentáveis

Para atender uma demanda crescente e a segurança alimentar, buscando por maiores produtividades, crescem os investimentos em projetos que adotam sistemas agrícolas sustentáveis.

Estes sistemas carregam a ideia de sustentabilidade econômica, promovida pela variação de produções na fazenda ou pela maximização do uso de insumos, com o mínimo impacto aos recursos naturais.

O Brasil possui grande adesão aos sistemas sustentáveis, dentre eles o Plantio Direto na Palha (PDP), a Integração Lavoura-Pecuária-Floresta (ILPF), a Produção Integrada de Frutas (PIF), o Manejo Sustentável de Florestas, a Agricultura Orgânica, Sistemas Agroflorestais, Fixação Biológica de Nitrogênio (FBN), Manejo Integrado de Pragas (MIP) e Manejo Integrado de Doenças (MID), entre outros.

Dentre eles, o PDP, ILPF e FBN já são utilizados há 30 anos e têm grande impacto na agricultura nacional.

De acordo com informações da Federação Brasileira do Sistema de Plantio Direto (Febrapdp), foram 36 milhões de hectares de produção de grãos utilizando plantio direto, em 2020.

A técnica promove o acúmulo de carbono no solo, além de manter a umidade e temperatura do mesmo, otimizando o desenvolvimento da microbiota e protegendo contra os processos de erosão e assoreamento.

Os sistemas de integração podem ser configurados em quatro modalidades: Integração Lavoura-Pecuária – ILP; Integração Lavoura-Floresta – ILF; Integração Pecuária-Floresta – IPF; e Integração Lavoura-Pecuária-Floresta – ILPF.

A técnica é caracterizada por integrar diversas fontes de produção, promovendo um ciclo econômico de produção, aproveitando boas épocas produtivas de cada um dos elementos produzidos.

Sua utilização como sistema de produção atinge 17,4 milhões de hectares, sendo maior utilizado nos estados do Mato Grosso do Sul e Mato Grosso.

O sistema de produção de FBN, bastante utilizado em áreas com cana-de-açúcar, é utilizado em reformas do canavial, sendo cultivadas leguminosas, como amendoim ou soja.

Duas linhas da cultura da cana são mantidas, em um espaçamento mais largo, chamadas linha-mãe. Esse espaçamento é montado com proporção 2:8, onde o espaçamento interno deve ser correspondente a quatro vezes o tamanho do espaçamento das linhas mães, correspondendo a oito linhas de cultivo.

Seu cultivo desenvolve, por meio de populações de bactérias fixadoras de nitrogênio, uma melhoria do fornecimento do nutriente para a cultura primariamente explorada, que representa um aumento de produção, além de garantir uma melhoria na microbiota do solo, aumento de estoques de carbono e diminuição do uso de fertilizantes nitrogenados.

Estes sistemas sustentáveis são utilizados no Brasil há mais de 30 anos e garantem a qualidade e o desenvolvimento do agronegócio nacional. A utilização de duas ou mais técnicas em conjunto é uma prática comum nessas propriedades, como por exemplo, no Manejo Integrado de Pragas e Doenças, que tem crescido nos ambientes produtivos brasileiros.

Outros sistemas, como PIF e Agricultura Orgânica são regionalizados e atendem capacidades menores de produção, ganhando o espaço em um mercado crescente e ramificado.

Porém, ainda são necessários investimentos e o acesso à informação para implementar os sistemas de cultivo. Utilizando essas técnicas de manejo para garantir o incremento de produtividade esperado para os próximos anos.

Fontes:
Scot Consultoria
Febrapdp

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