Alta nas exportações de carne bovina, principalmente para a Ásia em 2022

No último ano a pecuária brasileira passou por muitos desafios como a elevação dos custos, embargo chinês e redução no consumo de carne bovina. De acordo com a Embrapa, a partir das informações do Boletim CiCarne, traçou as perspectivas para o setor no ano de 2022, considerando informações como custos, margens, consumo, ciclo pecuário e o cenário macroeconômico. Tendo como destaque a demanda ainda em alta pela carne brasileira no exterior, mas por outro lado, tem como destaque negativo a pressão nos custos de produção.

Ainda de acordo com a Embrapa, no ano de 2021 a pecuária brasileira sofreu com a falta de animais para abastecer o mercado doméstico, por conta da crise econômica provocada pela pandemia. O patamar elevado de preços da arroba do boi gordo manteve-se no primeiro semestre acima dos R$ 300. Os problemas para os produtores se agravaram em setembro, quando a China, que importou 50% de 1,27 milhão de toneladas exportadas pelo Brasil no período de janeiro a setembro, suspendeu as importações do Brasil depois de dois casos atípicos de encefalopatia espongiforme bovina (EBB), conhecida como a doença da vaca louca.

O impacto negativo foi significativo nas exportações brasileiras de carne bovina, nos últimos meses, (menos 43% no volume e 31% na receita), com alguns produtores operando em níveis bem abaixo da capacidade. Especialistas afirmam que a probabilidade de em 2022, crescer as exportações de carne bovina brasileira, continuando a Ásia ser o principal mercado. Com as exportações de carne bovina dos EUA, ganhando acesso à China proporcionarão competição adicional à carne bovina brasileira.

Espera-se também que em 2022 a produção de suínos volte a cair em muitos mercados asiáticos, incluindo a China, pelos preços descendentes e alto custo com insumos, desestimulando assim a produção. Isso criará oportunidades para as exportações brasileiras. Para o câmbio, as expectativas em função das incertezas globais causadas pela Covid-19 são de preços firmes, com o mercado projetando o dólar em R$5,50 ao fim de 2022 e alta volatilidade.

Mesmo o avanço da vacinação e a retomada das economias globais, darem uma perspectiva positiva para a pecuária neste ano, a inflação e o desemprego deverão pressionar o consumo de carne bovina no país, o que representa 75% da produção total. A pandemia fez com que o consumo de carne no Brasil fosse o menor em 25 anos, porém se espera o aumento no consumo visto que a renda familiar da população volte ao normal.

Para os custos da pecuária em 2022, acredita-se que continuará menor a disponibilidade de animais e com isso o aumento nos preços dos insumos e dos animais de reposição. Com o alto custo dos fertilizantes, o custo de produção do milho e da soja será afetado, juntamente com o preço da ração para suplementação.

Faltarão vacas para abate e abastecimento do mercado interno, e as indústrias buscarão bois, que estarão com a demanda aquecida no mercado externo e com a arroba valorizada.

 

 

 

 

Fonte: Embrapa e Canal Rural

Alta nas exportações de carne bovina, principalmente para a Ásia em 2022
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