Até 90% dos pastos na região Sul são formados por sementes piratas

O pesquisador Gustavo Martins, da Embrapa Pecuária Sul, fez um alerta em episódio da série “Embrapa em Ação” pelo Giro do Boi: “A gente tem uma estimativa de que a taxa de uso de semente forrageira seja mais ou menos, no Sul do Brasil, de 10% de semente legal”.

“Então o comércio informal ainda é muito grande, infelizmente, porque ele não dá garantias. O consumidor da semente, o pecuarista que compra semente não tem garantia da qualidade dessa semente, garantias legais. Nesse sentido, nós temos toda uma legislação específica que determina as regras da produção de sementes e do mercado”.

Embora os custos de aquisição possam ser menores, o produtor deve gastar mais com a limpeza de pasto, já que as sementes são impuras. Além disso, pelo baixo valor cultural das sementes piratas, o pecuarista pode acabar tendo que usar uma proporção maior de sementes para a formar o pasto. De acordo com o pesquisador, o pecuarista não colhe benefícios ao utilizar sementes piratas: “Depois aumentam a densidade de semeadura, plantam mais sementes na terra, pois é uma semente de baixa qualidade. Essa prática de aumentar densidade de semeadura não compensa um baixo vigor de sementes, por exemplo. E a gente pode estar colocando mais material desconhecido, que não é semente, que muitas vezes são sementes de outras plantas contaminantes que a gente está trazendo para dentro do nosso sistema de produção. Depois é difícil o controle”.

O pesquisador também exaltou o protocolo do controle de qualidade da Embrapa, para que a produção de sementes certificadas seja feita. “Dessa forma, a gente sabe que para obter um produto de qualidade, uma semente de alta qualidade, é importante cuidar do processo de produção para que se possa chegar no final com esse produto de alta qualidade”.

Martins destacou que um campo de produção de sementes é diferente de um piquete para o gado se alimentar. “É possível, pela legislação brasileira, nessas áreas de produção de sementes nós conduzirmos com animais em pastejo. […] Contudo, não se pode perder o foco na produção de sementes. Então várias práticas nos campos de produção são importantes para se observar”, completou.

A respeito das diferenças, o pesquisador citou alguns exemplos como na homogeneização do ciclo das plantas para que as touceiras amadureçam ao mesmo tempo, facilitando a colheita. “Tem a condução do cultivo mantendo a produção vegetativa equilibrada. Para isso é importante, muitas vezes, contar com animais para desfolha ou desfolha mecanizada, com roçadas estratégicas. Essa questão da condução da fase vegetativa é importante”.

Gustavo também exaltou as adubações estratégicas em momentos importantes do ciclo de produção de sementes. Juntamente com a adubação, o foco é controlar as plantas daninhas, para que não ocorra contaminação do lote. Todas essas práticas não podem ser garantidas no processo de produção de sementes piratas.

Posteriormente, comentou sobre a estrutura específica para o pós-colheita. As sementes passam pela limpeza de impurezas, de possíveis sementes de plantas daninhas ou palhadas. Depois vem a secagem para padronizar sua maturação. Este processo conta com equipamentos e máquinas específicas para a função, com o objetivo de aumentar o vigor e valor cultural das sementes.

A Nova Safra possui certificado, validado internacionalmente pela Ceptis Agro, que atesta 100% de sua produção. Essa iniciativa do grupo reforça que, para combater as práticas de comercialização de sementes piratas, é necessário que as grandes empresas do agronegócio apoiem essas práticas, garantindo a conformidade, segurança e confiança ao produtor e consumidor.

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Fontes:
Giro do Boi
Embrapa

Até 90% dos pastos na região Sul são formados por sementes piratas
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