Durante o Show Rural, realizado em Cascavel (PR), a Embrapa Soja apresentou informações técnicas sobre a implantação e o manejo do consórcio entre milho e forrageiras perenes como a Brachiária ruziziensis, o que proporciona efeitos positivos tanto para a soja quanto para o milho safrinha, cultivados em sucessão.  

Há mais de cinco safras, a Embrapa Soja vem avaliando os efeitos do consórcio de milho com braquiária na cultura da soja. De acordo com o pesquisador Henrique Debiasi, na safra passada, em experimento implantado em Londrina (PR), a produtividade da soja teve aumento de 10% após o cultivo do milho com braquiária, em comparação com o milho solteiro. “Especialmente em anos de veranico, os resultados são mais perceptíveis. Isso porque a palhada da braquiária aumenta a umidade do solo, reduz a temperatura, minimiza a evaporação e controla melhor a incidência de plantas daninhas. Além disso, as raízes da braquiária incrementam a fertilidade do solo, uma vez que sua ação traz benefícios físicos e químicos”, explica Debiasi.

De acordo com o pesquisador, o consórcio de milho com braquiária é uma prática agrícola que pode ser utilizada em diferentes sistemas de produção com objetivo de minimizar os problemas relacionados ao solo, através da sua cobertura com plantas, melhorando sua capacidade produtiva e o estabelecimento de pastagens. A escolha entre modalidades de consórcio varia conforme o objetivo pretendido, disponibilidade de máquinas para semeadura, investimento em sementes e época de implantação do consórcio.

“A proposta, durante o Show Rural, é apresentar os métodos de implantação do consórcio, mostrando estratégias diferenciadas para reduzir a competição da braquiária no milho e reduzir potenciais perdas”, comenta Debiasi. “Uma das estratégias é o uso de herbicidas para controlar a competição exercida pela braquiária reduzindo riscos de perda de produtividade do milho, assim como manejo de adubação nitrogenada”. 

Fonte:
Embrapa
Show Rural