O preço de produtos agrícolas começam a ficar sustentados nos mercados

Nos últimos meses, após a pressão sob os preços dos produtos agrícolas, enfim, começaram as estabilidades, tanto no cenário do mercado nacional quanto do exterior. Com o recuo do dólar, além de diminuir a competitividade das exportações, fez diferença nas compras de insumos.

Segundo analista de commodities, Vlamir Brandalizze, da Brandalizze Consulting, o recuo do dólar não afetará tanto na safra atual, pois boa parte das vendas já foram realizadas anteriormente. Ele ainda exemplifica com o cado da soja, que teve a venda antecipada de aproximadamente 100 milhões de toneladas, o que significa mais de 72,9% da produção total.

Segundo a Daniele Siqueira, da AgRural, o Usda (Departamento de Agricultura dos Estados Unidos) divulgou, nesta quarta-feira (30), dados mais concisos sobre a área de plantio feita pelos americanos. O mercado acredita em uma maior área cultivada, o que poderia elevar a oferta mundial de grãos e logo afetará os preços.

É necessário que os agricultores tenham mais atenção a produção de milho, pois devido as geadas da região Sul do Brasil, São Paulo e Mato Grosso do Sul, irá ter uma redução maior na safrinha.

Ainda segundo Daniele, no último período, os preços de produtos agrícolas passaram por um ciclo, que resultou em uma correção de valores. A atuação do capital especulativo no setor deu ainda mais suporte a esses valores, por causa do cenário de oferta menor e da redução dos estoques. Na avaliação de Daniele, os preços devem ficar bastante sustentados até que haja uma recuperação consistente da oferta e isso vai depender de boas safras nos principais países produtores, como por exemplo o Brasil e os Estados Unidos.

Daniele e Brandalizze acreditam que não terá uma grande alta dos preços de commodities, mas o desempenho das safras de 2021/22 vai determinar boa parte da evolução deles. No cenário brasileiro, enquanto os preços dos grãos se acomodam no campo, os das carnes não cedem e se mantêm em patamares recordes. É o que ocorre com os preços do boi gordo, dos suínos e do frango, conforme cotações do Cepea (Centro de Estudos Avançados em Economia Aplicada (Folha de S.Paulo, 29/6/21).

Fontes:

AgRural

Folha de S.Paulo

Brasil Agro

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